quarta-feira, 14 de março de 2012

jogos e brincadeiras um estimulo a aprendizagem de matemática


           UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ
INSTITUTO BRASIL DE PESQUISA E ENSINO SUPERIOR
GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA, LICENCIATURA PLENA



MARIA DE FÁTIMA DO NASCIMENTO FRANÇA



 JOGOS E BRINCADEIRAS: UM ESTÍMULO A APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA NA EDUCAÇAO













PARELHAS – RN
2012


MARIA DE FÁTIMA FRANÇA


JOGOS E BRINCADEIRAS: UM ESTÍMULO A APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Trabalho de intervenção sócio escolar apresentado à Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), como requisito parcial para obtenção do título de licenciado (a) em Pedagogia.
   Orientador (a): Profª Maria Inês de Araújo



Monografia aprovada em: _____/_____/_____

Banca Examinadora

_____________________________________
Profª Vera Lúcia de Souza
_______________________________________
Profª Maria Inês de Araújo (orientadora)
_______________________________________
Profª Maria de Lourdes Souza (coordenadora)




PARELHAS – RN
2012






























                           





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 DEDICATÓRIA

                                     Dedico as minhas Filhas e ao meu esposo pela força que m deram  no decorrer dessa formação mostrando-me o quanto é importante um professor está sempre se capacitando.


AGRADECIMENTO


Primeiramente a Deus, meu tudo, minha vida, minha família íntima amiga que a todo o momento me ajuda a ultrapassar os obstáculos, perseverar e acreditar, iluminando-me para que fosse possível a realização e a conclusão desse trabalho.
A minha irmã LULUTA, pelas vezes que me ajudou,
As minhas companheiras de turma, pelas vezes que passamos junta, aprendendo  umas com as outras.
Pelos meus professores, por todos os ensinamentos que repassaram de forma tão clara que com certeza irão acompanhar-me  durante toda vida pessoal e profissional quem Deus ilumine a todos.
A minha amiga Valquiria, pela sua incansável disponibilidade  e seu jeito solidário de ajudar sem olhar aquém que o todo poderoso possa dar a ela toda paz, sabedoria e muito amor.

Em fim por todas as pessoas que  direto ou indiretamente  contribuíram para hoje eu esta aqui.








































“Como em uma roseira: os botões se abrem em momentos diferetes. A capacidade de florescer depende da maturação, dos estímulos dados pelo ambiente e também dos olhos humanos, capazes de presenciar sua beleza.”Vygotsky

            





RESUMO

            O presente trabalho busca analisar o processo de aprendizagem de Matemática através de jogos e brincadeiras objetivando estimular o interesse pela Matemática de forma que a aprendizagem seja prazerosa e significativa. O estudo optou por realizar uma intervenção pedagógica nas salas de Educação infantil, realizando uma pesquisa bibliográfica nas obras dos autores como Vygotsky, Piaget, Aranão, Kishimoto, Almeida, Aries, PCNs, entre outros, de forma a perceber a importância de tratar jogos e brincadeiras como um estímulo para trabalhar  essa disciplina na Educação Infantil percebendo o aluno como participante ativo no processo de aprendizagem. Apresenta-se também a intervenção sócio escolar executada na escola  de educação infantil Rita de Cásia.

Palavras chave: jogos matemáticos; brincadeiras; conhecimento lógico matemático.





















SUMÁRIO

1-INTRODUÇÃO .............................................................................................. 07

2-OS JOGOS E BRINCADEIRAS E SUA EVOLUÇÃO NO TEMPO ........... 10
2.1. Jogos e brincadeiras: conceitos e características ........................................... 14
2.2. Jogos e brincadeiras segundo Piaget e Vygotsky .......................................... 18
2.3. A brincadeira como atividade lúdica ............................................................ 20

3- JOGOS E BRINCADEIRAS: RECURSO INCENTIVADOR A
APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA ......................................................... 23
3.1. Brincar e aprender Matemática, o lado lúdico do processo............................. 24
3.2. O professor como mediador da aprendizagem da Matemática através dos
 jogos e brincadeiras .......................................................................................... 28
3.3. A construção dos conceitos matemáticos através dos jogos e brincadeiras...... 34

4- A APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA ATRAVÉS
DOS JOGOS E BRINCADEIRAS: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
NA EDUCAÇÃO INFANTIL............................................................................ 37
4.1. Justificativa ................................................................................................ 40
4.2. Caracterização da escola .............................................................................. 41
4.3. Público alvo ................................................................................................ 42
4.4. Objetivos .................................................................................................... 42
4.5. Conteúdos e atividades ................................................................................ 42
4.6. Metodologia ................................................................................................ 43
4.7. Recursos metodológicos ............................................................................... 44
4.8. Tempo previsto ............................................................................................ 44
4.9. Avaliação ..................................................................................................... 45

5- CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 46

REFERÊNCIAS ................................................................................................. 47


1-INTRODUÇÃO

Sabendo a importância dos jogos e brincadeiras para o desenvolvimento da criança de forma significativa, esse trabalho tem como objetivo estimular o interesse pela Matemática de forma que a aprendizagem seja prazerosa e significativa, uma vez que o jogo é um facilitador da aprendizagem, pois mobiliza a dimensão lúdica para a resolução problema, disponibilizando o aluno a aprender, mesmo que a formalização do conceito seja posterior ao jogo.
A escolha do título para esse trabalho “Jogos e brincadeiras: Um estímulo a aprendizagem de Matemática” justifica-se pelo fato de os jogos e as brincadeiras serem altamente importantes como recurso pedagógico para contribuir no desenvolvimento infantil, auxiliando a criança no desenvolvimento da aprendizagem de forma significativa.
Assim sendo, esse trabalho pretende tecer algumas considerações a respeito da importância de se trabalhar com jogos e brincadeiras na intervenção pedagógica como forma de enriquecimento e estímulo no processo de ensino aprendizagem.
Comprometidos pelo aprofundamento desta reflexão pedagógica e analisando os estudos já realizados, pode-se verificar que este assunto tem sido foco de interesse também de muitos pesquisadores, seja na Psicologia, na Biologia, na Sociologia, na Arte, na Antropologia, na Música e em outras áreas do saber humano. No entanto, cada área aprofunda-se de acordo com seu universo científico.
          É necessário, portanto, uma superação do modo de compreensão da realidade pela qual se encontra e é nesse momento em que surge a figura do professor. Este deverá estar em constante observação, mas junto e muito próximo de seus alunos.
Por meio de brincadeiras planejadas, o professor saberá em que momento realizará a intervenção na brincadeira, sem tolher os conhecimentos já adquiridos pelos alunos, mas orientando-os para que, partindo de sua realidade, conheçam outras, possibilitando assim que adquiram conhecimentos novos e ampliem sua visão de mundo.
        Partindo desta consideração, ainda nesse ponto, “a atividade como atividade lúdica’’, pois dentro da finalidade educacional do professor, utilizar as brincadeiras como instrumento pedagógico eficiente para atingir a aprendizagem e compreender como alunos lidam com os acontecimentos do dia a dia. Em seguida está o terceiro ponto, o qual mostra como jogos e brincadeiras quando aderido em sala de aula, tornam-se um recurso incentivador para trabalhar a Matemática. Pois os Parâmetros Curriculares Nacionais destacam os jogos como uma das possibilidades de trabalhar a Matemática, além de amenizar, diminuir os bloqueios e as dificuldades encontradas Este trabalho organizar-se-á da seguinte maneira, num primeiro momento apontam-se os jogos e brincadeiras e sua evolução no tempo. Num segundo momento  aprofunda-se nos conceitos e características dos jogos e brincadeiras. Esses são caracterizados como excelentes recursos didáticos propiciadores do desenvolvimento integral da criança. Ainda nesse ponto, analisam-se as contribuições de Jean Piaget e Vygotsk sobre as contribuições dos jogos e brincadeiras salientando inicialmente que para Piaget, o jogo deriva da estrutura do pensamento da criança. No entanto, apesar das diferentes concepções, ambos compreendem o valor estrutural e dimensional que a brincadeira propicia para o desenvolvimento e a aprendizagem da criança.
. Nesse mesmo ponto, destaca-se também que, brincar e aprender Matemática, o lado lúdico do processo torna-se um excelente instrumento para enriquecer o desenvolvimento intelectual. Ainda nesse ponto aborda-se “o professor como mediador da aprendizagem da Matemática através dos jogos e brincadeiras’’, nesse sentido, torna-se crucial descaracterizar a educação infantil o caráter assistencialista, e enfatizar uma perspectiva pedagógica, crítica e reflexiva, de forma a proporcionar a formação do cidadão desde a terna idade, mediada pela intervenção do professor na relação ativa entre professor e aluno, assegurando-lhe no processo de educar a apropriação da experiência do brincar e jogar em sala, construindo assim para uma aprendizagem significativa.
Prosseguindo ainda nesse ponto, mostra-se “a construção dos conceitos matemáticos através de jogos e brincadeiras’’. Pois através do lúdico a criança vai construindo os conceitos básicos da Matemática e conseqüentemente facilitar o processo de aprendizagem por completo. O quarto ponto desse trabalho diz respeito à” aprendizagem da Matemática através de jogos e brincadeiras uma proposta da Educação Infantil. ’’ Elaborada a partir da constatação  de se trabalhar a matemática  de forma prazerosa  e dinâmica .Essa proposta esta  registrada de forma sucinta o que abriu um leque de possibilidades para que  a mesma fosse executada na escola CEMEI:Professora Maria de Fátima Derick, que fica situada em Equador RN.
Por fim apresenta-se as considerações finais que relata de forma sucinta o que este trabalho representou e quais as contribuições favorecidas após as leituras para embasamento do mesmo como também  de tudo que foi pensado, pesquisado e realizado no decorrer  do mesmo.
 Pode-se afirmar que esse trabalho em si é fruto de um estudo intenso que se buscou fundamentar em vários teóricos como também vivenciá-lo na pratica de sala de aula que contribuirá para que outros professores de Educação Infantil possam, usufruir e avançar nas suas praticas educativas, no que diz respeito  ao jogo e as brincadeiras em sala de aula utilizando como recurso par ensinar  a Matemática na Educação Infantil.































2- JOGOS E BRINCADEIRAS E SUA EVOLUÇÃO NO TEMPO
Os jogos e as brincadeiras nasceram com o surgimento da sociedade e se propagaram como desenvolvimento da mesma. Os brinquedos sempre foram ferramentas usadas pelo homem em sua relação com o mundo ao seu redor. Conforme Brougere, o jogo surge como instrumento para a sociedade e hoje é um instrumento para a educação da criança e um favorecimento á integração social.
A respeito da função social das atividades lúdicas, Áries (1981,51) comenta:



Na sociedade antiga, o trabalho não ocupava tanto tempo do dia, nem tinha tanta importância na opinião comum: não tinha o valor existencial que lhe atribuímos há pouco mais de um século. Mal podemos dizer que tivesse o mesmo sentido. Por outro lado, os jogos e divertimentos estendiam-se muito além dos momentos furtivos que lhes dedicamos: formavam um dos principais meios de que dispunha uma sociedade para estreitar seus laços coletivos, para sentir-se unida. Isso se aplicava a quase todos os jogos, mas esse papel social aparecia melhor nas grandes festas sazonais e tradicionais. (p. 51)


Esses jogos, brincadeiras e divertimentos com o tempo sofrem uma visão moral contraditória. De um lado eram admitidos pela maioria das pessoas, em contrapartida os moralistas (a igreja) proibiam e recriminavam tais atividades.
Na metade do século XIX, auge da escravidão no Brasil as crianças negras caçavam passarinhos com bodoque (estilingues), nadavam nos rios e brincavam de pega-pega, exerciam suas brincadeiras livremente. Algumas dessas crianças (filhos de escravos) eram levadas para a Casa-Grande e colocadas à disposição dos meninos brancos, às vezes como companheiro para as brincadeiras e às vezes era maltratados pelos meninos brancos que os faziam passar por animal para ser montado.
Na visão de Kishimoto (1993), os jogos e brincadeiras tem grande influência com o folclore e cultura do povo ainda assim o não se pode determinar, precisamente, o período histórico, Os jogos foram retratados de diversas maneiras ao longo da história, o que nos mostra o processo de evolução da sociedade e do próprio homem. Brougére (2004,p.97) .
                                       A criança está inserida, desde o seu nascimento, num contexto social e seus comportamentos estão impregnados por essa imersão inevitável. Não existe na criança uma brincadeira natural. A brincadeira é um processo de relações interindividuais, portanto de cultura.
                                                                    
Na Idade Medieval, os jogos ganharam um grande impulso quanto a sua difusão e participação na alta sociedade (Àries, 1981). Porém, essa grande difusão não resultou em um melhor entendimento e representação do jogo enquanto fenômeno social, muito pelo contrário, já que a popularização dos jogos se resumia especialmente aqueles que envolviam certas apostas, eram os famosos jogos de azar. Segundo Bettelheim(1988,p.167).

 Os jogos [...]são de regras, competitivos e caracterizados por uma exigência    de se usar os instrumentos da atividade do modo para o qual foram criados,e não como a imaginação ditar; e freqüentemente por um objetivo ou propósito externo à atividade em si, como, por exemplo o de ganhar.
 Esses jogos eram mal vistos pela sociedade, que os caracterizavam como libertinos e perniciosos, geravam a degradação do homem e não tinha nenhuma função educacional. Conseqüentemente, apesar do grande aumento do número de participantes (quase toda a alta sociedade se reunia em torno das mesas), isso não resultou em benefício para a imagem dos jogos que continuava a ser entendido como uma atividade banal, ou o que era pior ainda, prejudicial ao desenvolvimento do homem.
Conforme Brougére (1998) e Áries (1981), a mudança de concepção que a sociedade tinha dos jogos só passa a ser radicalmente alterada com a decorrente mudança do entendimento e do papel que a criança vem a realizar no seio da sociedade. A partir do Iluminismo a criança deixa de ser vista com um depósito de ossos, sementes ou caroços de frutas.
A grande maioria dos jogos tradicionais forma criadas no século XVI. Alguns deles, como amarelinha, por exemplo, continuam sendo capazes de despertar a curiosidade e o prazer das crianças nos dias de hoje. Existe algumas condições necessárias para o desenrolar de jogos e brincadeiras, pois o ambiente escolar com influência de experiências lúdicas, facilitam a compreensão de certos tipos de atividades cognitivas, um exemplo disso é o planejamento de ações que respeitem a criança e suas formas de expressão através das brincadeiras. É impossível encontrar uma criança que de uma forma ou de outra não se utilize de brincadeiras. Pois como diz Batista et  all(2000,p.110) :
Os jogos, brinquedos e brincadeiras são atividades fundamentais da infância. O brinquedo pode favorecer a imaginação, a confiança e a curiosidade; proporcionando a socialização, desenvolvimento da linguagem, do pensamento, da criatividade e da concentração. 

 Por milhares de anos crianças utilizavam  os  brinquedos dos mais variados tipos. Bolinhas de gude foram usadas por crianças no continente africano há milhares de anos. Na Grécia Antiga e no Império Romano, brinquedos e espadas de madeira, entre os meninos, e bonecas entre as meninas. Durante a Idade Média, os fantoches eram brinquedos muito comuns entre as crianças. Do Egito, herdou-se o jogo da velha e as bolinhas de gude. Da China, o dominó, os cata ventos e as pipas. Da Grécia e de Roma, pernas de pau e marionetes. Almeida,( 1998, p. 38).
 Na antiguidade, o brincar era uma atividade característica tanto de crianças quanto de adultos. Para Platão, por exemplo, o “aprender brincando” era mais importante e deveria ser ressaltado no lugar da violência e da repressão. Considerava ainda que todas as crianças devessem estudar a Matemática de forma atrativa, sugerindo como alternativa a forma de jogo.
A brincadeira é uma experiência livre para a criança e deve ser vivenciada da melhor forma possível, pois é por ela e através dela que acriança desperta suas habilidades mais preciosas para um bom desenvolvimento, que a conduzirá durante toda a sua vida. Todos os educadores devem conhecer as brincadeiras sob uma perspectiva sociocultural, para, assim compreender os benefícios que as contribuições possibilitam à Educação Infantil

Durante muito tempo, o brincar foi visto apenas como uma recreação ou um momento em que se livravam as crianças das preocupações do mundo adulto. É com esse pensamento que o romantismo considera que a criança é um ser frágil e rico em pureza; e, dessa forma, a brincadeira passa a ter o papel de resguardar a inocência infantil. No entanto, a natureza desse pequeno ser não era prioritária, e a sua espontaneidade era ignorada, pois não lhe era atribuída uma singularidade, ou seja, não se respeitavam os aspectos particulares dessa fase em que se fundamenta a base da educação humana. Segundo Wajskop (1999, p. 19):


[...] é apenas com a ruptura do pensamento romântico que a valorização da brincadeira ganha espaço na educação das crianças pequenas. Anteriormente, a brincadeira era geralmente considerada como fuga ou recreação, e a imagem social da infância não permitia a aceitação de um comportamento infantil, espontâneo, que pudesse significar algum valor em si.


Somente com o rompimento do pensamento romântico é que é atribuído um valor social a brincadeira infantil. Portanto essa passa a ser vista não somente como uma proteção para a criança, mas também como uma forma de ser reconhecido como espaço social.  Nesse contexto as brincadeiras, de uma maneira geral, passam a ser incluídas na educação das crianças, e a diversão e os brinquedos surgem como forma de protegê-los dos conflitos sociais.
Esse foi, portanto, a primeira iniciativa  para que a educação das crianças fosse vista de forma diferenciada, já que se unia, de certa forma, a brincadeira à educação, ou seja, a necessidade que a criança tem de brincar passava a ser respeitada pela sociedade e vista como uma possibilidade de educá-la.  Analisando a evolução dos jogos e brincadeiras no tempo, percebe-se que ainda há muito que se fazer, para que a escola possa compreender que a brincadeira não é apenas um mecanismo incentivador da educação , mas também um meio de se compreender o desenvolvimento da criança como um todo.                                        


2.1. Jogos e brincadeiras: conceitos e características:


O jogo é a mais importante das atividades da infância, pois a criança necessita brincar, jogar, criar e inventar para manter seu equilíbrio com o mundo. A importância da inserção e utilização dos brinquedos, jogos e brincadeiras na prática pedagógica é uma realidade que se impõe ao professor. Brinquedos não devem ser explorados só para lazer, mas também como elementos bastantes enriquecedores para promover a aprendizagem. Através dos jogos e brincadeiras, o educando encontra apoio para superar suas dificuldades de aprendizagem, melhorando o seu relacionamento com o mundo. Os professores precisam estar cientes de que a brincadeira é necessária e que traz enormes contribuições para o desenvolvimento da habilidade de aprender e pensar (Campos).
Mas vale dizer que o jogo não é simplesmente passatempo para distrair os alunos, ao contrário, corresponde a uma profunda exigência do organismo e ocupa lugar de extraordinária importância na educação escolar. Estimula o crescimento e o desenvolvimento, a coordenação muscular, as faculdades intelectuais, a iniciativa individual, favorecendo o advento e o progresso da palavra. Estimula a observar e conhecer as pessoas e as coisas do ambiente em que se vive. Através do jogo o indivíduo pode brincar naturalmente, testar hipóteses, explorar toda a sua espontaneidade criativa. O jogo é essencial para que a criança manifeste sua criatividade.
Segundo Piaget (1967, p. 30), “O jogo não pode ser visto apenas como desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral”. Através dele se processa a construção de conhecimento, principalmente nos períodos sensório motor e pré operatório. Agindo sobre os objetos, as crianças, desde pequenas, estruturam seu espaço e seu tempo, desenvolvendo a noção de casualidade, chegando à representação e, finalmente, à lógica. As crianças ficam mais motivadas para usar a inteligência, pois querem jogar bem, esforçam-se para superar obstáculos tanto cognitivos como emocionais.
Assim sendo, o jogo pode ser visto como: resultado de um sistema lingüístico que funciona dentro de um contexto social. Um sistema de regras e um objeto. No primeiro caso, o sentido do jogo depende da linguagem de cada contexto social. Enquanto fator social, o jogo
No primeiro caso, o sentido do jogo depende da linguagem de cada contexto social. Enquanto fato social, o jogo assume a imagem, o sentido que cada sociedade lhe atribui. E este aspecto que nos mostra porque, dependendo do lugar e da época, os jogos assumem significações distintas.
Através do jogo a criança: libera e canaliza suas energias: tem o poder de transformar uma realidade difícil; propicia condições de liberação da fantasia; é uma grande fonte de prazer. O jogo é, por excelência, integrador, há sempre um caráter de novidade, o que é fundamental para despertar o interesse da criança. E, na medida em que joga ela vai conhecendo melhor, construindo interiormente o seu mundo. Esta atividade é um dos meios propícios à construção do conhecimento.
HAIDT (2000), afirma que o jogo é uma atividade física ou mental organizada por um sistema de regras. É uma atividade lúdica, pelo fato de se jogar pelo prazer de realizar esse tipo de atividade, de buscar satisfação própria. O autor considera que quando estamos envolvidos num jogo nos desligamos do mundo, nos preocupando, momentaneamente, exclusivamente com o prazer proporcionado por este. Analisando friamente o jogo é possível perceber o tamanho de sua contribuição para a formação de cidadãos, responsáveis, conhecedores das regras sociais, com respeito e dignidade ao próximo, solidários e cooperativos. É inquestionável o poder de formação do caráter que possui o jogo, trabalhando nossa concentração, atenção, conhecimento e desafiando nossa criatividade e testando nossos limites, oferecendo modelos de convivência grupal, sem falar do trabalho da competência de lidar com o emocional.
Através dos jogos se quebram regras e objetivos rígidos e objetivos ao mesmo tempo com a curiosa e contraditória ligação com a liberdade, pois os envolvidos neste processo aceitam estas condições livremente, sem imposições. Outra característica do jogo é um fim específico em si mesmo, envolvendo os praticantes num mundo lúdico, praticando diversas ações com vontade, e às vezes até com excessivo vigor, mas com a certeza da volta ao mundo real quando o jogo terminar.
Tendo em vista que o termo brincadeira é muito amplo e dá margem e várias definições, não foi possível categorizar as definições. Porém, escolhemos aleatoriamente três respostas significativas para comparar com as definições dos autores escolhidos: “A brincadeira é uma atividade que deve fazer parte do cotidiano da criança para que ela possa ter um desenvolvimento motor e social sadio”; “Brincar é aprender a se relacionar com os colegas e a descobrir o mundo à sua volta”; “Uma forma de levar as crianças a desopilarem e de desenvolver a sua capacidade mental e corporal.”
Na visão de Friedmann (1996), ao analisar os jogos e brincadeiras, deve-se considerar o contexto no qual estão introduzidos: familiar, tecnológico, educacional; pois em cada um desses, o brinquedo, enquanto objeto, constitui possibilidade diversificada; a criança, às vezes, se isola num canto com um brinquedo como um consolo para aliviar sua tristeza proveniente de desentendimento com amigos. Às vezes, ela tem o direito de escolher o próprio brinquedo e brincadeira e se desvia das normas que faz parte. Com isso, ela coopera com regras improvisadas, progredi mentalmente, é capaz de memorizar novas informações e se divertir com determinado jogo. Isso porque os jogos e as brincadeiras estão inseridos no contexto familiar, educacional e tecnológico.
A brincadeira não é um mero passatempo, ela ajuda no desenvolvimento das crianças, promovendo processos de socialização e descobertas do mundo (Maluf, 2003, p. 40).
Segundo Vygotsky, a brincadeira possui três características: a imaginação, a imitação e a regra. Elas estão presentes em todos os tipos de brincadeiras infantis, tanto nas tradicionais, naquelas de faz de conta, como ainda nas que exigem regras (Bertoldo, Ruschel, 2006).
O simples ato de brincar é uma característica comum aos seres humanos. Sua linguagem é de fácil assimilação por todas as crianças e exige uma concentração durante uma determinada quantidade de tempo, que vai variar de acordo com a etapa de desenvolvimento em que a criança se encontra. Para Friedmann (1996) e Volpato (1999), a brincadeira refere-se ao comportamento espontâneo ao realizar uma atividade das mais diversas naturezas. Os autores entendem que quando esta brincadeira envolve certas regras elaboradas pelos próprios participantes, passa a possuir características de um jogo.
A brincadeira apresenta um fator de grande importância no processo de desenvolvimento e socialização da criança, proporcionando-lhe novas descobertas a cada momento, refletindo diretamente no contexto social onde está inserida. A diversidade de brinquedos e brincadeiras na atual era tecnológica parte do resgate de valores tradicionais até as mais avançadas tecnologias eletrônicas. Esses aspectos afetam diretamente a vida da criança, influenciando diretamente na qualidade da atividade lúdica infantil. Considerando esta relevância e de como a criança reflete e interage com o mundo através da brincadeira, devemos levar em conta a maneira como esta brincadeira está sendo inserida no contexto escolar e praticada por esta criança no âmbito escolar.
Além dessas características, existe outra que é de fundamental importância, que é o caráter voluntário da atividade, ou seja, não existe jogo que se estabelece por meio de uma imposição prévia, só há jogo quando os jogadores querem jogar (Caillois, 1990). A hierarquização presente nas atividades lúdicas representa sua própria destruição, ela aliena todas as características primordiais que garantem o transcorrer da atividade. Dominador só existem, pelo menos nos jogos, em condições circunstanciais, com hora e espaço marcado para sua superação.



2.2. Jogos e brincadeiras segundo Piaget e Vygotsky


      Piaget (1998) acredita que os jogos são essenciais na vida da criança. De início tem-se o jogo de exercício que é aquele em que a criança repete uma determinada situação por puro prazer, por ter apreciado seus efeitos.
Em torno dos 2-3 e 5-6 anos (fase Pré-operatória) nota-se a ocorrência dos jogos simbólicos, que satisfazem a necessidade da criança de não somente relembrar mentalmente o acontecido, mas também de executar a representação.
Em período posterior surgem os jogos de regras, que são transmitidos socialmente de criança para criança e por conseqüência vão aumentando de importância de acordo com o progresso de seu desenvolvimento social. Para Piaget, “o jogo constituiu-se em expressão e condição para o desenvolvimento infantil, já que as crianças quando jogam assimilam e podem transformar a realidade.”
Vamos analisar uma entrevista feita por Piaget com crianças sobre o jogo “Bola de gude”.
O experimentador fala mais ou menos isso: “Aqui estão algumas bolas de gude... você deve me mostrar como jogar. Quando eu era pequeno eu costumava jogar bastante, mas agora eu me esqueci como se joga. Eu gostaria de jogar novamente. Vamos jogar juntos. Você me ensinará as regras e eu jogarei com você... Você deve evitar fazer qualquer tipo de sugestão. Tudo o que precisa é parecer completamente ignorante (sobre o jogo de bola de gude) e até mesmo cometer alguns erros propositais de modo que a criança, a CAD erro, possa dizer claramente qual e a regra. Naturalmente, você deve levar a coisa a sério, e se as coisas não ficarem muito claras você começará uma nova partida”. (Piaget, 1965, p. 24).
Com os jogos de regras podemos analisar por traz das respostas, informações sobre seus conhecimentos e conceitos. Esses níveis de conhecimento podem ser classificados como: Motor, Egocêntrico, Cooperação e Codificação de Regras, e são paralelos ao desenvolvimento cognitivo da criança.
“O brinquedo cria uma Zona de Desenvolvimento Proximal na criança”. (Oliveira, 1977: 67). Lembrando que ele afirma que a aquisição do conhecimento se dá através das zonas de desenvolvimento: o real e a próxima zona de desenvolvimento real é a do conhecimento já adquirido, é o que a pessoa traz consigo, já a proximal, só é atingida, de início, com o auxílio de outras pessoas mais “capazes”, que já tenham adquirido esse conhecimento.
“As maiores aquisições de uma criança são conseguidas no brinquedo, aquisições que no futuro tornar-se-ão seu nível básico de ação real e moralidade (Vygotsky, 1998)”.
Piaget (1998) diz que a atividade lúdica é o berço obrigatório das atividades intelectuais da criança sendo por isso, indispensável à prática educativa (Aguiar, 1977, p. 58).
Na visão sócio-histórica de Vygotsky, a brincadeira, o jogo, é uma atividade específica da infância, em que a criança recria a realidade usando sistemas simbólicos. Essa é uma atividade social, com contexto cultural e social.
Para Vygostsky, citado por wajskop (1999:35): “... A brincadeira cria para as criaças uma zona de desenvolvimento proximal que não é outra coisa senão à distãncia entre o nível atual de desenvolvimento, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema, sob a orientação de um adulto, ou de um companheiro mais capaz”.
Vygotsky, citado por Lins (1999), classifica o brincar em algumas fases: durante a primeira fase a criança começa a se distanciar de seu primeiro meio social, representado pela mãe, começa a falar andar e movimentar-se em volta das coisas. Nesta fase, o ambiente a alcança por meio do adulto e pode-se dizer que a fase estende-se até em torno dos sete anos. A segunda fase é caracterizada pela imitação, a criança copia os modelos dos adultos. A terceira fase é marcada pelas convenções que surgem de regras e convenções a elas associadas.
A noção de “zona proximal de desenvolvimento” interliga-se, portanto, de maneira muito forte, à sensibilidade do professor em relação às necessidades e capacidades da criança e à sua aptidão para utilizar as contingências do meio a fim de dar-lhe a possibilidade de passar do que sabe fazer para o que não sabe. (Pourtois, 1999,p. 109).
Para Vygotsky (1994) citado por Oliveira, Dias, Roazzi (2003), o prazer ao pode ser considerado a característica definidora do brinquedo, como muitos pensam. O brinquedo na verdade, preenche necessidades, entendendo-se estas necessidades como motivos que impelem a criança à ação. É exatamente estas necessidades que fazem a criança avançar em seu desenvolvimento.
A brincadeira é alguma forma de divertimento típico da infância, isto é, uma atividade natural da criança, que ao implica em compromisso, planejamento e seriedade e que envolve comportamentos espontâneos geradores de prazer. Brincado a criança se diverte, faz exercícios, constrói seu conhecimento e aprende a conviver com seus amiguinhos.
O jogo é, portanto, sob as suas duas formas essenciais de exercício sensório-motor e de simbolismo, uma assimilação da real à atividade própria, fornecendo a esta seu alimento necessário e transformando o real em função das necessidades múltiplas doeu. Por isso, os métodos ativos da educação das crianças exigem a todos que se forneça às crianças um material conveniente, a fim de que, jogando, elas cheguem a assimilar as realidades intelectuais e que, sem isso, permanecem exteriores à inteligência infantil. (Piaget 1976, p. 160).
Já Vygotsky (1998), diferentemente de Piaget, considera que o desenvolvimento ocorre ao longo da vida e que as funções psicológicas superiores são construídas ao longo dela. Ele não estabelece fases para explicar o desenvolvimento como Piaget e para ele o sujeito não é ativo nem passivo: é interativo.
Segundo ele, a criança usa as interações sociais como formas privilegiadas de acesso a informações: aprendem a regra do jogo, por exemplo, através dos outros e não como o resultado de um engajamento individual na solução de problemas. Desta maneira, aprende a regular seu comportamento pelas reações, quer elas pareçam agradáveis ou não.
Enquanto Vygotsky fala do faz de conta, Piaget falo do jogo simbólico e pode-se dizer, segundo Oliveira (1997), que são correspondentes.
Torna-se fundamental fazer uma breve explanação do que venha a ser à base da teoria biológica do conhecimento, segundo Piaget.
Para este psicólogo, o desenvolvimento e a aprendizagem ocorrem em uma relação evolutiva entre a criança e seu meio, subsidiada pela habilidade de adaptação frente as novas situações.


2.3. A brincadeira como atividade lúdica


Separamos esse tópico exclusivamente para falar das brincadeiras como atividades lúdicas, ato que estimula a fantasia, o pensamento e o simbolismo. Leva o indivíduo a sonhar e jogar com a realidade, para Kishimoto o ato de sonhar, seja, talvez o que nos torne humanos. Quando citamos sonhar nos referimos ao lúdico, que também deve ser uma proposta indispensável na educação do indivíduo, pois o fato de jogar e aprender torna-se imprescindível. A imaginação faz com que a criança se desenvolva naturalmente.
O lúdico de origem latina “ludus” que quer dizer “jogo, que se refere apenas ao brincar, jogar e ao momento espontâneo. A imaginação tem reconhecimento e característica de psicofiologia do comportamento humano, deixando de ser apenas o ato de brincar.
Assim sendo, brincar é essencial para a vida da criança e a brincadeira é uma linguagem infantil. Toda brincadeira é uma imitação transformada, ou seja, são emoções e idéias de uma realidade anteriormente vivida.
Por meio do brincar a criança constrói o seu espaço e estabelece relações entre o mundo real e a fantasia, podendo pensar, descobrir, viver e experimentar situações novas ou do seu cotidiano, que contribuem para o seu desenvolvimento social, cognitivo, afetivo e motor.
Para Vygotsky, segundo Wajskop (1995, p. 35) quando a criança brinca, sempre apresenta um comportamento além do habitual do diário é como se ela fosse maior do que é na realidade. O brincar fornece estrutura básica para mudanças das necessidades e da consciência.
Vale ressaltar ainda, que a brincadeira como atividade lúdica, desenvolve e enriquece a imaginação, além de ser a primeira preparação para as atividades mentais complexas. Pois é através dessas brincadeiras que a criança é colocada diante de desafios, para além de seu comportamento diário, pode levantar hipóteses para tentar solucionar problemas propostos pelos adultos e pela realidade em que está inserida.
De acordo com Nicolau (1986, p. 45), o lúdico apresenta-se por meio de várias modalidades que são diferenciadas pelo uso do material ou recursos, mas que são essenciais para o desenvolvimento da criança.
Nesse caso, se faz necessário que a criança tenha acesso a diversos materiais, para que descubram suas diferentes propriedades e características. A vivência das experiências e a aquisição de informações obtidas através delas fornecem subsídios para uma futura formação de conceitos. Embora não consiga, ainda, assimilar princípios científicos ou explicar verbalmente por que as coisas acontecem, seu pensamento está estimulando o desenvolvimento da linguagem em nível interno.
A criança foi feita para brincar, afirma pimenta (1986, p. 26) e é através deste brincar que ela forma conceitos, seleciona idéias, estabelece relações lógicas, integra percepções, cria estimativas e vai se socializando. O lúdico educa e ajuda a criança a enfrentar mais facilmente as dificuldades da vida.
Assim sendo, vale dizer que as atividades lúdicas apresentam fundamental importância para o desenvolvimento de uma criança, e sua função educativa oportuniza à mesma uma aprendizagem, um conhecimento de mundo e uma relação consigo e com o outro.
O lúdico, mais do que uma fonte de prazer e de descoberta, contribui para o processo ensino aprendizagem, mas se faz necessário ver esse processo como uma atividade que faz parte do cotidiano e que serve de canal de comunicação da criança com o mundo, além de ser uma maneira dela penetrar no mundo que pertence ao adulto.
Pode-se dizer que as atividades lúdicas propicia o desenvolvimento da autonomia da independência, da linguagem, da construção de símbolos, da afetividades, fazendo parte importante da educação. Afinal educar é preparar passa a vida.


3 - JOGOS E BRINCADEIRAS: RECURSO INCENTIVADOR À APRENDIZAGEM DE MATEMÁTICA


Os Parâmetros Curriculares Nacionais destacam os jogos como uma das possibilidades de trabalhar Matemática como um curso extremamente útil no processo ensino aprendizagem. Os jogos podem ser usados na sala de aula como parte da prática habitual para auxiliar os alunos, amenizando, diminuindo os bloqueios e as dificuldades encontradas.
Moura (1994, p. 32) diz que a possibilidade de uso dos jogos no ensino de Matemática tem sido constante nos decorrer dos anos. Várias congressos brasileiros realizados entre 1988 e 1990 fazem referência ao uso desse recurso no ensino Matemático. A maioria das criança implora por jogos Matemáticos ao invés de ter que resolver folhas e folhas de exercícios.
O jogo, em conformidade com Borin (1998, p. 25), se bem orientado tem o papel importante no desenvolvimento de habilidades de raciocínio (operações mentais) como organização, atenção.
Nessa perspectiva cabe dizer que no jogo, pode-se desenvolver, ainda a criatividade e a habilidade de deduzir, necessárias para o aprendizado, em particular da Matemática e resolução de problemas em geral.
O uso dos jogos e brincadeiras para se trabalhar com a matemática não é uma prática muito nova, mas atribuir-lhe a devida importância para a promoção da aprendizagem nesse importante campo do conhecimento depende de um planejamento adequado, que leve em consideração os objetivos, o público, o tempo e as alterações a serem promovidas e outros quesitos que se fizerem necessários, além de um replanejamento contínuo que irá garantir o sucesso do trabalho proposto.
Vale mencionar que uma das vantagens dos jogos é a possibilidade de fornecerem ações repetitivas. Os jogos são uma forma natural da atividade humana; as crianças são muito mais ativas, mentalmente jogando, do que preenchendo folhas de exercícios.
As teorias estudadas mostram que tanto o jogo quanto a brincadeira, aparece então, como recursos mais valiosos para a promoção de uma aprendizagem diferenciada e significativa. Naturalmente é preciso reconhecer conforme adverte Chaleau (1954/1987, p. 35), que uma educação baseada unicamente nos jogos e brincadeiras seria insuficiente e, portanto, a utilização desse recurso de forma adequada, dentre outros importantes aspectos a serem considerados.
Vale ao educador ter o compromisso de contribuir para o desenvolvimento da capacidade de aprender a aprender, que tão bem ressalta Piaget (1972,1978), ao dizer:


“O ideal da educação não é aprender ao máximo, maximizar os resultados, mas é antes de tudo aprender é a aprender a se desenvolver e aprender a continuar a se desenvolver depois da escola.”


Vale dizer que os jogos além de trabalharem várias capacidades físicas fundamentais para o desenvolvimento dos seres humanos como o crescimento corporal, as coordenações sensório-motoras, o equilíbrio, lateralidade, tonicidade e várias outras capacidades físicas, possibilitam um grande estímulo para o desenvolvimento dos aspectos psíquicos das crianças a destacar a construção de sua personalidade.
Todos os educadores devem conhecer a brincadeira sob uma perspectiva sociocultural, para assim, compreender os benefícios que as contribuições possibilitam a Educação Infantil.
A ludicidade, em seu contexto geral, deve ser considerada coerente, tanto em relação à criança como ao adulto, pois ela envolve todas as capacidades da criança, demonstrando, através do brincar, a personalidade dela.
Trata-se de descobrir a si e ao mundo pelo simples ato de brincar, pois, demonstrando ação e imaginação, a criança se motiva a alcançar seus objetivos, como afirma Wajskop (1999, p. 27):


A criança que brinca pode adentrar o mundo do trabalho pela via da representação e da experimentação; o espaço da instituição deve ser um espaço de vida e interação, e os materiais fornecidos para as crianças podem ser uma das variáveis fundamentais que auxiliam a construir e se apropriar do conhecimento universal.




3.1. Brincar e aprender Matemática: o lado lúdico do processo


 A Matemática ainda é considerada a maior vilã dentre todas as disciplinas escolares e esta visão, em parte é reflexo do não entendimento dos conceitos trabalhados no processo ensino aprendizagem. Na visão de Barros (2002) isso acontece porque  muitos conceitos são trabalhados em sala de aula de forma mecânica, não estimulando o aluno a aprender.
Nesta perspectiva, defende-se a possibilidade de que na sala de educação infantil deve-se ensinar a Matemática independente da idade em que a criança se encontra. Esta defesa procede do reconhecimento de que ao iniciar sua caminhada escolar a criança já chega na escola vindo de um mundo em que a Matemática já se faz presente em todo seu cotidiano e que nela a criança cria uma grande expectativa a cerca do conhecimento referente a mesma.
Mediante a constatação da necessidade infantil em obter na escola possibilidades de avançar significativamente nas suas concepções a cerca do conhecimento em questão vale dizer que os profissionais da Educação Infantil, devem suprir esta necessidade fazendo das salas de aula, um ambiente onde a Matemática seja ensinada através do lúdico e de forma prazerosa.
Segundo Piaget (1976,p. 35): “Os jogos não são apenas uma forma de desafogo ao entretenimento para gastar energias das crianças, mas meios que contribuem e enriquecem o desenvolvimento intelectual”. Pensando assim deve-se dizer, que os jogos podem ser propostos com o objetivo de coletar informações sobre como o sujeito pensa para ir, simultaneamente, transformando o momento do jogo em meio favorável a criação de situações que apresentam problemas a serem solucionados.
Sobre a ação lúdica, Camargo (S/d p. 8) ressalta que:

A brincadeira é o espaço da interação e do confronto. É também através dela que a criança e o grupo constroem a sua compreensão sobre o mundo e as ações humanas. Não é atividade espontânea, antes se constrói através das experiências constituídas no contato social, primeiro na família, depois nos grupos informais e depois na escola, ou simultaneamente. Representa o elo de ligação entre a criança e a cultura na qual ela está imersa. Produz e responde a indagação e abre espaço para experiências possíveis em outros contextos de vida, o que promove comportamentos que vão além das possibilidades atuais da criança apontando para sua área potencial de desenvolvimento.


 Portanto, entende-se que seja relevante, dentro da finalidade educacional do professor, utilizar o jogo como instrumento pedagógico eficiente para atingir a aprendizagem e compreender como os alunos lidam com acontecimentos do seu dia a dia, refletidos nas brincadeiras mediadas pelo jogo de papéis que desempenham.
Desta forma, está caracterizado o prestígio infantil, quando a criança é submetida as iniciações importantes quanto a habilidade de entender que a Matemática não está nem no homem nem no mundo. Ela é, ou melhor, constitui uma análise simbólica dos processos pelos quais o homem aprende com o mundo. A esse respeito Piaget (1975, p. 34) sempre expressou sua convicção de que os identificados como maus alunos são produtos das lições oferecidas e não culpada a Matemática em si.
Conhecer as diversas possibilidades de trabalho, em sala de aula, port6anto é fundamental para que o professor possa construir sua prática de trabalho.
Sendo assim, uma vez reconhecido o prestígio e as possibilidades de ensinar Matemática em salas de Educação Infantil, convém oferecer algumas considerações a respeito do reconhecimento do aspecto lúdico, enquanto recurso pedagógico interessante a ser considerado. Antes, porém, convém oferecer algumas informações a respeito da importância do lúdico enquanto recurso pedagógico numa perspectiva mais generalizada.
Revelando a importância da utilização do jogo na pré história, Lima (1992, p. 24) ressalta que “brincar é ao mesmo tempo fonte de lazer e de conhecimento”. Nessa perspectiva, o brincar faz parte da atividade educativa, pois o brincando que a criança constitui o significado.
Pensando assim, torna-se possível afirmar que o jogo e a brincadeira constituem-se em situações nas quais a criança se apropria dos diversos conhecimentos que possibilitam a construção de categorias e a ampliação dos conceitos nas diversas áreas do conhecimento. Nesta ótica, o brincar assume papel didático e (também) pode ser explorado no processo de ensino aprendizagem na área de Matemática.
O uso de jogos no ensino da Matemática tem o objetivo de fazer com que os alunos gostem de aprender essa disciplina, mudando a rotina da classe e despertando o interesse dos mesmos.
A esse respeito Borin afirma que outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de Matemática “é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos estudantes que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê-la”. Dentro da situação do jogo, onde é possível uma atitude passiva e a motivação é grande, nota-se que, ao mesmo tempo em que estes alunos falam Matemática, apresentam também um melhor desempenho e atitudes mais positivas frente a seus processos de aprendizagem. (Borin, 1996, p. 53).
A partir do que foi dito na citação anterior, é mais fácil compreender a idéia Vygotskiana de que a aprendizagem antecipa o desenvolvimento. Esta idéia é contrária a tradicionalmente difundida, afirmando que antes de aprender determinado conhecimento, a criança precisaria adquirir determinada capacidade que seria chamada de prontidão para aprender determinado conteúdo. Hoje já se sabe que não são as habilidades que precedem o conhecimento, mas elas são construídas no próprio processo de elaboração do conhecimento.
Através de pesquisas empíricas, Vygotsky e seus seguidores puderam constatar que ao realizar uma ação sozinha, a criança apresenta certo nível de desempenho que adquire maior complexidade, caso ela trabalha com adulto ou outra criança mais experiente. Esta idéia, além de evidenciar a importância do papel do professor e das interações entre crianças, esclarece que é através da colaboração de uma pessoa mais experiente que a criança pode construir e ampliar conceitos, da forma que não teria condições de realizar sozinha num dado momento do seu desenvolvimento cognitivo. Vygotsky (1989, p. 109) ainda afirma que: “É enorme a influência do brinquedo no desenvolvimento de uma criança. É no brinquedo que a criança aprende a agir numa esfera cognitiva, ao invés de agir numa esfera visual externa dependendo das motivações e tendências internas, e não por incentivos fornecidos por objetos externos”.


Enfim, brincar é mais do que uma atividade sem conseqüência par a criança. Brincando, Ela não apenas se diverte, mas recria e interpreta o mundo em que vive, relaciona-se com o mundo. Brincando, a criança aprende.



3.2. O professor como mediador da aprendizagem da Matemática através dos jogos e brincadeiras

Sabe-se que a matemática é considerada por boa parte dos alunos como área de conhecimento difícil complexa, e que muitas vezes exige um trabalho árduo. Nesse sentido a disciplina possui quase sempre o rótulo de bicho papão para muitas crianças.
Assim sendo faz necessário reverte esse quadro, desenvolvendo um trabalho significativo desde a educação infantil, onde o professor seja um mediador um fascinador da aprendizagem dessas crianças.
Ensinar e aprender ´´matemática’’ não é fácil, mas vale dizer
Que a disciplina esta presente desde antes da criança nascer por isso é importante que o professor ao ensinar-la faça-o de forma onde a criança descubra e construa sua própria aprendizagem. Nesse caso, o professor possui uma função importante que é proporcior as crianças um ambiente em que possam explorar diferentes idéias matemática, que não seja apenas numérica, mas de forma prazerosa.
No cotidiano de sala de aula torna-se importante que o professor incentive o gosto pela matemática. Ele deve ser um impulsionador mediador da disciplina, proporcionando em sala de aula condições para que as crianças aprendam matemática de forma descontraído e prazerosa. E preciso também que os professores levem para sala jogos e brincadeiras que envolvam a matemática, mas de forma onde a crianças aprendam os conceitos matemática de forma natural e construam sua própria aprendizagem.
A aprendizagem por meio de jogos, como baralho, boliche, dominó, quebra-cabeça, jogo da memória e outros, permitem que o aluno faça da aprendizagem um processo interessante e até divertidos, para isso o professor como medidor deve está sempre atento para fazer suas mediações no momento certo, deixando que a criança manipule esses objetos, pois, o qual se torna um grande laboratório em que ocorrem experiências produzem conhecimento e possibilitam o desenvolvimento integral da criança, do ponto de vista afetivo, social e mental.
  Acredita-se que o sentido real, verdadeiro e funcional da educação lúdica estará garantido se o educador estiver preparado pra realizá-lo de forma coerente. Nada será feito se ele não tiver um profundo conhecimento sobre os fundamentos essenciais da educação lúdica, condições suficientes para socializar o conhecimento e predisposição para aliá-los a prática pedagógica. Partindo desse princípio, cabe aos educadores mudarem sua concepção sobre a utilização dos jogos dentro do ensino matemático, pois ele serve de mediador entre o aluno e o conhecimento adquirido. O papel do professor torna-se imprescindível a fim de estabelecer objetivos, realizar intervenções, levar os alunos a construir relações, princípios, idéias, certificando-se que o mesmo é um processo pessoal pelo qual cada pessoa tem sua forma de raciocinar e tirar conclusões, promovendo o desenvolvimento do pensamento crítico, dinamizando o jogo, entusiasmando encaminhamento seguido pelos mesmos,  no decorrer das atividades matemáticas através de jogos e brincadeiras.e integrando os alunos.O professor tem a responsabilidade de fazer com que o aluno descubra não o caminho propriamente dito, mas as vias de acesso a esse caminho, que devem conduzir  ao alvo  central.Assim sendo, o papel do professor é avaliar processualmente os alunos a partir do
 Vale ressaltar ainda que o educador deva procurar não despertar o sentimento de competição acirrada, aproveitando essa disposição natural da criança para jogar pelo simples prazer de jogar. Além disso, deve selecionar jogos simples, com poucas regras para serem praticadas pelas crianças que estão nesta fase de desenvolvimento.
           Quando o educador manifesta uma atitude de compreensão e aceitação e quando o clima da sala de aula é de cooperação e respeito mútuo, a criança sente-se segura emocionalmente e tende a aceitar mais facilmente o fato de ganhar ou perder como algo natural decorrente do próprio jogo. O papel do educador é fundamental no sentido de preparar a criança para a competição sadia, na qual impera o respeito e a consideração pelo adversário durante o jogo. Dinamizar o grupo assumindo atitudes de atenção, entusiasmo, de encorajamento e, sobretudo, de mediador da aprendizagem; observar o aluno e o seu desempenho sem interferir durante a ação do jogo; promover o desenvolvimento do espírito crítico, possibilitando ao grupo superar obstáculos pelo uso de tentativas, ensaios e erros; estimular a criatividade, permitindo o uso das peças do jogo com mudanças, seja nas próprias peças, nas regras do jogo ou quaisquer alterações
Enriquecer os jogos mudando os objetivos e variando os grupos com jogadores em duplas, individuais ou grandes grupos, levando em conta uma compreensão mais integral e atual da vida, pode-se afirmar que o educador é aquele que inserido numa relação, se propõe a acolher, nutrir, sustentar e confrontar a experiência do outro.Sabe-se que, para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é imprescindível que haja riqueza e diversidade nas experiências que lhes são oferecidas nas instituições, sejam elas mais voltadas ás brincadeiras ou as brincadeiras que ocorrem por meio de uma intervenção direta.Como afirma Celso Antunes (2008, p. 25):


“Um verdadeiro educador não entende as regras de um jogo apenas como elementos que o tornam possível, mas como verdadeira lição de ética e moral que se bem trabalhadas, ensinarão a viver, transformação e, portanto, efetivamente educarão.”



Cabe ao professor, nesse caso, ser o mediador dos conceitos, promovendo atividades diferenciadas que valorizem a construção do conhecimento e a apropriação desses conceitos para que mais tarde eles venham a ser aproveitados quando os alunos forem aprender os conteúdos mais complexos de Matemática.
Vale dizer ainda, que o papel do professor é fundamental nesse processo, além de ser o mediador, ele conta com processos afetivos por parte da criança para com ele e com o conteúdo. Porém, quando o professor planeja com responsabilidade e objetivando formar cidadãos críticos e uma educação democrática com certeza a Educação Matemática em Educação Infantil tenham uma melhor significativa.


3.3. A construção dos conceitos matemáticos através de jogos e brincadeiras


O uso do jogo no ensino tem vantagens para professores e alunos. Para o professor, há a possibilidade de analisar o desempenho de alunos, tanto em termos de raciocínio lógico como em relação aos erros cometidos. Dessa forma, ele pode diagnosticar aqueles estudantes que têm dificuldades em um item específico do conteúdo, buscando, então, novas estratégias de ensino para auxiliá-los. Também é possível avaliar a capacidade de trabalho em equipe, de interação entre os parceiros ou a facilidade de expressão.
Para os alunos, há uma maior motivação para o estudo, bem como a possibilidade de obter o auxílio individual do professor ou dos colegas. Para aqueles estudantes que, de outra forma, não se manifestam em aula, é uma ocasião de falar, de dar palpites sem ser crucificado pelos colegas ou pelo professor.
Ao empregar jogos em sala de aula, o professor deve apenas cuidar para que a atividade não se esgote em si mesma, ou seja, que seja sempre empregada com o objetivo de promover a aprendizagem, de conteúdos ou de habilidades. De outra forma, podem-se estimular atitudes negativas, provenientes da tensão que se instala como as tentativas de trapacear.
A escola (ou o professor) não necessita de muitos recursos para adquirir jogos, pois pode apelar para a criatividade e construí-los com materiais facilmente encontrados em qualquer região.
Pode-se dizer que a Matemática também pode ser prazerosa; tudo depende de como ela é apresentada para as crianças. Há quem diga que essa disciplina ou área do conhecimento, em determinadas circunstâncias, assusta ou embaralha o raciocínio dos pequenos até traumatizando-os, às vezes. Talvez, parte da culpa seja da metodologia do professor e/ou até mesmo do aluno. Porém, pode-se estimular as crianças com maneiras diferentes de aprender, e, certamente, estes passarão a ter novos olhares para a Matemática. Como afirma Aranão (1996, p. 20):


Na pré-escola, a Matemática não deve ser vista como disciplina ou matéria escolar, mas como uma atividade do pensamento que está em permanente relação com suas atividades diárias na escola, em casa ou em qualquer outro lugar (...). Essas atividades referem-se à aquisição da noção de conservação, classificação, seriação, de espaço, tempo, velocidade, distância, causalidade, tamanho, espessura, peso, dentre outras. Tais atividades devem estar integradas com outros objetivos como o desenvolvimento da coordenação motora, do desenvolvimento social e outros (Aranão, 1996, p. 20).


Assim sendo, torna-se necessário que a Educação Infantil ofereça as crianças condições para que a aprendizagem ocorra em atividades rotineiras, como jogos e as brincadeiras, e também naquelas onde o professor e mediador, como em atividades com sucata, no desenho, etc. Pois a criança ao se relacionar com essas atividades está estabelecendo relações significativas entre seus conhecimentos e aquilo que é novo encontrando-se em processo de construção.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais destacam os jogos como uma das possibilidades de construir os conceitos matemáticos, pois tantos jogos como as brincadeiras torna-se um recurso extremamente útil no processo ensino aprendizagem.
Para Almeida (2003, p. 35) os jogos podem ajudar no desenvolvimento das funções cognitivas, lingüísticas, sociais e culturais; e, contribuir para auxiliar na interiorização de inúmeros conhecimentos.
Percebe-se como esses recursos pedagógico são motivadores, não só para a construção dos conceitos matemáticos, mas para todas as áreas do conhecimento. Nesse caso, o ensino da Matemática pode ser melhorado e tornar-se mais prazeroso por meio deles, além de facilitar  aprendizagem na desconstrução de bloqueios que os alunos apresentam em relação a alguns conceitos matemáticos.
Pires, Gomes e Koch dizem que a utilização dos jogos na Matemática tem a finalidade de ensinar os conteúdos de forma que os mesmos se tornem mais compreensíveis e de forma mais agradável, visando constantemente a parte educativa (2004, p. 40).
Nessa instância cabe dizer que o lúdico apresenta fundamental importância para o desenvolvimento de uma criança e sua função educativa oportuniza a mesma uma aprendizagem, um conhecimento de mundo e uma relação consigo e com o outro.
Ao desenvolver as atividades através do lúdico, a criança vai construindo espontaneamente a construção dos conceitos matemáticos e de outras áreas do conhecimento, além de facilitar seu processo de aprendizagem; de desenvolvimento pessoal, social, motor, afetivo e cultural, de socialização, comunicação e expressão.
Afinal, educar não limita o professor apenas a repassa informações ou conteúdos, ou apresenta um só caminho para que as crianças possam seguir, mas sim, fazer com que elas tenham uma visão de mundo, crie outros caminhos e aprendam a sair de situações difíceis com equilíbrio, sabendo, a cima de tudo, conviver em grupo e aceitar regras.
Vale ressaltar, que o lúdico, mais do que uma fonte de prazer e de descoberta, contribui par o processo ensino aprendizagem, mas que se faz necessário ver esse processo como atividade que faz parte do cotidiano que serve de canal de comunicação da criança com o mundo, além de ser uma maneira dela penetrar no mundo que pertence ao adulto.
Assim sendo, o lúdico propicia o desenvolvimento por completo da criança, fazendo parte importante da educação.
Vale ainda dizer que, a construção dos conceitos matemáticos também pode ser prazerosa: tudo depende de como eles são apresentados para as crianças. Pois cada uma delas constrói, a seu modo, sua concepção de espaço, a partir de suas percepções do contato que tem com a realidade, das soluções que encontra para seus problemas.  




4- A APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA ATRAVÉS DOS JOGOS E BRINCADEIRAS UMA PROPOSTA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

A educação Infantil é um período fértil em relação à construção de novos conhecimentos, sejam eles sociais afetivos ou cognitivos. A criança dessa faixa etária é capaz de estabelecer relações complexas ente os elementos da realidade que se apresenta. É por meio dos jogos e brincadeiras que as crianças se desenvolvem socialmente conhecendo as atitudes e as habilidades necessárias para viver em seu grupo social.
Assim, a Educação Infantil pode tornar-se um ambiente no qual as crianças têm acesso a ampla oportunidade para aprenderem e construírem novos conhecimentos. Pois, para que as crianças possam exercer sua capacidade de criar é imprescindível que haja riqueza e diversidade nas instituições, sejam elas mais voltadas aos jogos, brincadeiras ou aprendizagens que correm por meio de uma intervenção direta.
Pois, desde o nascimento necessita da mediação do outro para se desenvolver, portanto o meio sozinho não dá conta de desenvolvê-lo e é aí que entra o papel do educador e dos colegas através das relações.
Nesse contexto, cabe ainda dizer que o brincar é sempre estruturado pelo ambiente, pelos materiais ou contexto em que ocorre. Ao educador cabe, então, participar como uma pessoa mais experiente, que deverá intervir quando necessário e também ter uma participação, quando perceber  interesse da criança em tê-lo côo parceiro nas brincadeiras possibilitando, assim, o desenvolvimento da criança, proporcionando momentos de interação, acesso á cultura, permitindo a criança principalmente viver a sua própria infância.
De acordo com Lima (2001, p. 27):


Consciente da importância da ação que realiza, possibilitando mediações de várias naturezas, o adulto passa a atender os processos da criança com um significado que só pode ser construído tendo como referencial a criança no período de formação em que ela está e não no adulto feito que será.


Um ambiente carente de recursos, onde tanto a criança quanto o adulto vêem somente paredes e espaços vagos é um ambiente sem vida, que não propõe desafios cognitivos á criança e não amplia o conhecimento.
Portanto, ao educador cabe planejar os espaços para as crianças e com a criança, visando o meio cultural em que a criança está inserida, promovendo interações em grupos para que possam assim criar, trocar sabres, imaginar, construir e, principalmente, brincar. Cabe também ao educador está atento ao ambiente olhando de forma sensível a todos os elementos que estão postos em sala de aula.
Assim, freqüentar uma classe de Educação Infantil significa, além da convivência entre pares, ter acesso a muitas oportunidades para a construção de novos conhecimentos por meio das ações que a criança exerce sobre o mundo real. A sala de aula deve ser um lugar de exploração dos elementos da realidade que cerca os alunos.
Para Jean Jaques Rousseau seria conveniente dar às crianças a oportunidade de um ensino livre é espontâneo, pois o interesse geraria alegria e descontração.
Assim, o autor pontua que “em todos os jogos em que estão persuadidas de que se trata apenas de jogos, as crianças sofrem sem se queixar, rindo mesmo, o que nunca sofreriam de outro modo sem derramar torrentes de lágrimas” (Almeida, 1998, p. 18).
Foi, então, que, a partir daí, a educação das crianças fosse vista de forma diferenciada, já que brincadeira e educação se uniam, ou seja, a necessidade que a criança tem de brincar passava a ser respeitada pela sociedade e vista como uma possibilidade de educá-la. Compreendida dessa forma, a brincadeira infantil passa a ter importância fundamental na perspectiva do trabalho pré-escolar, tendo em vista a criança como sujeito histórico e social. Se a brincadeira e, efetivamente, uma necessidade de organização infantil ao mesmo tempo em que é o espaço de interação das crianças, quando estas podem estar pensando, imaginando, vivendo suas relações familiares, as relações de trabalho, a língua, a fala, o corpo, a escrita, para citar alguns dos temas mais importantes, então, esta brincadeira, se transforma em fatos educativo se, no processo pedagógico, for utilizada pela criança para sua organização e seu trabalho (Wajskop, 1999, p. 36).
A brincadeira é uma experiência livre para a criança e deve ser vivenciada da melhor forma possível, pois é por ela e através dela que a criança desperta suas habilidades mais precisas para um bom desenvolvimento, que a conduzirá durante toda a sua vida.
Nesse sentido, essa proposta de intervenção pedagógica tem como principal finalidade mostrar que é possível trabalhar com jogos e brincadeiras, como um estímulo para a aprendizagem da Matemática na Educação Infantil. Pois é através da ludicidade que a criança adquire linguagem adequada, habilidades cognitivas que vão sendo de inúmeras capacidades para o seu dia a dia e realizando suas imaginações através da inteligência. Os Parâmetros Curriculares Nacionais para área de Matemática diz que: “O conhecimento Matemático deve ser apresentado aos alunos como historicamente construída e em permanente evolução. O contexto histórico possibilita ver a Matemática em sua prática filosófica, científica e social e contribui para a compreensão do lugar que ela tem no mundo.
Pode-se dizer que a Educação Infantil é um período extremamente fértil em relação à construção de novos conhecimentos, sejam eles sociais afetivos ou cognitivos. A criança dessa faixa etária é capaz de estabelecer relações complexas entre os elementos da realidade que se apresenta. Por meio da brincadeira a criança se desenvolve socialmente conhecendo as atitudes e as habilidades necessárias para viver em seu grupo social.


Com a intenção de tornar as aulas de Matemática mais atrativa, prazerosa e significativa, buscou-se como recurso jogos e brincadeiras para facilitar a compreensão de alguns conteúdos. Procurei investigar as contribuições da intervenção pedagógica com jogos e brincadeiras nas aulas interventivas, através das seguintes atividades: jogos de encaixe, dinâmicas, construção da loja de brinquedos, onde foi possível explorar sistema monetário, jogo de boliche, cartões coloridos objetivando trabalhar cores, número, quantidade, seqüência e formas geométricas.
Assim sendo, acredita-se na importância pedagógica do lúdico e ressalta-se ser necessário que todos os educadores tenham essa concepção, para que possam construir efetivamente com o aprendizado das crianças, tornando-se mediadores do conhecimento infantil. Pois após essas atividades pode-se perceber uma maior motivação das nas aulas de matemática.









4.1- Justificativa

Nos últimos anos muito tem se discutido a respeito de melhorar o ensino da Matemática. Avaliações periódicas demonstram que a aprendizagem de Matemática pelas crianças deixa a desejar. Portanto, é necessário oferecer as crianças da Educação Infantil uma base sólida para que eles tenham condições de enfrentar com compreensão os conteúdos matemáticos inerentes a seu desenvolvimento cognitivo.
 O trabalho com a Matemática precisa ser desenvolvido no sentido de estabelecer relações com a vida das crianças cm as diversas situações em que elas vivam, pensem, relacionem-se, contextualizando e significando as idéias e os conceitos matemáticos. Os conhecimentos matemáticos devem ser compreendidos como meios de transformar o mundo que a rodeia.
   É preciso ter em mente que a aprendizagem da Matemática não pode estar baseada no conhecimento de regras e na memorização, uma vez que isso não ajuda as crianças a compreendê-la, nem garante que serão capazes de utilizá-la na prática. Mesmo antes de freqüentar a escola as crianças já possuem certos conhecimentos matemáticos adquiridos em sua experiência cotidiana que lhes são significativos por que foram aprendidos em situações de jogos e brincadeiras, festinhas com amigos, na hora de arrumar a mesa para o almoço, etc.
     É preciso que se perceba o caráter de jogo intelectual, característico da Matemática, como aspecto que estimula o interesse e a curiosidade da criança.
Nesse contexto, a proposta de intervenção sócia escolar será desenvolvida através dos mais variados jogos e brincadeiras com a finalidade de estimular nas crianças da Educação Infantil o interesse pela Matemática, de forma que a aprendizagem seja significativa e prazerosa.

4.2 Caracterização da escola

A Creche Municipal Rita de Cácia, criada em 16 de março de 1998, funciona no antigo prédio da prefeitura municipal. Essa instituição está situada à Rua José Francisco nº 119. É uma rua larga e bastante arborizada, próxima a praça “Zequinha Sanfoneiro”, onde acontece festas e jovens, idosos e crianças gostam de ficar jogar baralho e dominó. É uma instituição mantida pela prefeitura municipal de Equador, RN.
O corpo docente é composto por profissionais concursados. Alguns graduados em pedagogia e outros em fase de conclusão do curso. Mesmo assim são todos profissionais competentes e responsáveis, que no dia a dia desenvolvem projetos educativos, baseados nas necessidades e interesses das crianças. Esses projetos constituem um planejamento quinzenal, onde os professores podem fazer uma reflexão do que ensinou e do que vai ser ensinado. Sabe-se que os projetos abrem as portas para que os alunos exponham o desejo de continuar aprendendo ao longo de suas vidas. Eles possibilitam as crianças navegar em busca de novos sonhos, em busca de novas descobertas. A creche Rita de Cácia trabalha sempre com projetos interdisciplinares objetivando a construção de conhecimentos.

        A creche oferece ensino infantil do nível I à II, nos turnos matutinos e vespertinos. As salas são amplas e arejadas. Paredes e iluminação precisam de reparos, bem como suas instalações. Atualmente, há 204 crianças matriculadas, sendo 97 no turno matutino e 107 no vespertino.

4.3 Público Alvo                                                                                                             

 A proposta  de intervenção sócio escolar será realizado na CEMEI com crianças de 3 e 4 anos onde serão realizadas oficinas envolvendo jogos e brincadeiras procurando estimular a aprendizagem de Matemática nessa faixa etária, desenvolvendo atividades diversificadas utilizando diversos jogos e brincadeiras.
A turma escolhida para fazer parte desta proposta , ou seja, os atores são crianças de 05 anos de idade, sendo 12 do sexo masculino e 09 do sexo feminino. Todas elas residentes na zona urbana da cidade de Equador, RN. São crianças ativas demonstrando competências básicas para o nível de ensino, em que estão matriculadas









4. Objetivos

Objetivo geral

Estimular o interesse pela Matemática de forma que a aprendizagem seja prazerosa e significativa.


Objetivos específicos

·      Reconhecer que a Matemática está presente em todo nosso cotidiano.
·      Despertar e estimular o desenvolvimento da aprendizagem das crianças.
·      Reutilizar atividades lúdicas com uma ferramenta na construção dos conceitos Matemáticos.


4.5 Conteúdos e atividades

Quando se pensa em conteúdos, geralmente vem a idéia de conhecimentos específicos das disciplinas ou matérias escolares. Mas, se considerar-se a educação a educação numa concepção integral, os conteúdos não estão condicionados apenas às disciplinas e sim a formação de valores e atitudes inerentes a construção da cidadania.
Na Educação Infantil os conteúdos devem ser trabalhados de forma que as crianças possam, ludicamente, construir conhecimentos e entendimentos sobre a realidade o que possibilita o estabelecimento de novas condições de vida.
Assim sendo, esta intervenção será desenvolvida através dos seguintes conteúdos e atividades:

I – OFICINA:
Contagem
Acolhida com uma musica Mariana conta um...;
Colocação dos numerais de 1 a 5embalagem de água mineral par a realização do jogo;
Jogo da contagem através de boliche;
Leitura e escrita dos numerais derrubados em cada partida do jogo;
II- OFICINA:
Relação número e quantidade
Questionamento sobre quantidade de alunos da sala;
Distribuição de materiais de diversas cores e formas para que agrupem por cor e forma;
Contagem dos materiais e escrita do numeral correspondente;
Leitura dos numerais; jogo da memória com a utilização do baralho numérico para identificação das quantidades.

III-OFICINA:
Formas geométricas
Conversa informal sobre a geometria;
Dinâmica “forma geométrica” para formação de grupo;
Questionamentos sobre a diferença apresentada entre as formas (lados iguais e diferentes, linhas retas e curvas);
Jogo de encaixe para formação de figura geométrica (quadrado, retângulo, círculo);
Discussão sobre as diferenças e semelhanças presente entre as figuras formadas;
Jogo das cores (formação de um trenzinho nas cores: vermelho, azul e amarelo).

4.6 Metodologia

As noções matemáticas abordadas na educação infantil correspondem a uma variedade de jogos e brincadeiras principalmente os que são classificados com de construção de regras. Foi pensando assim que se definiu para a execução dessa proposta uma metodologia que contemple vários tipos de jogos e brincadeiras interessantes para crianças pequenas e que constituam um rico contexto de ideias matemáticas, que possam ser evidenciadas pelo professor por meio de:

·      Questionamentos;
·      Cantigas de roda;
·      Jogos de encaixe;
·      Dança das cadeiras;
·      Jogo de boliche;
·      Labirintos;
·      Jogo de trilha;
·      Literatura infantil, entre outros.

Em algumas situações pode ser bastante interessante sugerir que as crianças façam desenhos sobre jogos e brincadeiras. Essa é uma forma de perceber a compreensão que a criança tem sobre percepção espacial.

4.7 Recursos metodológicos

Dentre os principais recursos que precisam estar disponíveis no decorrer desta intervenção encontra-se:

·                     Papel ofício;
·                     Cartolina;
·                     Lápis de cor;
·                     Palitos;
·                     Sementes;
·                     Caixas;
·      Jogos diversos e outros recursos que venham contribuir de forma significativa para a aprendizagem dos conceitos matemáticos na Educação Infantil.

4.8 Tempo previsto

Para a execução de qualquer atividade pedagógica, a previsão do tempo é tão necessária quanto o planejamento dos conteúdos e atividades. Dessa maneira o tempo necessário para a realização da intervenção será de vinte horas, assim distribuídos:
Cinco horas em uma semana para apresentação da proposta de intervenção sócio-escolar a gestão da escola e ao professor da sala campo da pesquisa. Na segunda semana serão realizadas  observações diretas em sala de aula, para detectar como o professor trabalha com as crianças, assim como é o comportamento das mesmas no decorrer da aula. Essa atividade terá duração de cinco horas.
Na terceira semana, momentos da aplicação da intervenção serão realizados uma diversidade de atividades de jogos e brincadeiras com as crianças em 10 horas, direcionadas em quatro dias conforme planejamento dos conteúdos e atividades da proposta.


4.9 Avaliação

A avaliação, assim com todas as ações pedagógicas, deve contribuir para o desenvolvimento da aprendizagem. Para tanto, e necessário ter com ponto de partida uma avaliação diagnóstica que forneça ao professor subsídios para conhecer seus alunos, considerando quais são seus conhecimentos práticos, seus interesses e de que forma aprendem. A partir daí decide o que ensinar como ensinar e como reavaliar o conhecimento construído.
A avaliação não pode ser entendida como um fim em si mesmo, mais deve servir para subsidiar a tomada de decisões em relação à continuidade do trabalho pedagógico, não para decidir quem será excluído do processo.

Com afirma os RCNEI (p. 59) “A avaliação é entendida, prioritariamente, como um conjunto de ações que auxiliam o professor a refletir sobre as condições de aprendizagem oferecidas e ajustar sua prática as necessidades colocadas pelas crianças (...)”

Pensando assim a avaliação será realizada com base nas observações diárias, no envolvimento das crianças jogos e nas brincadeiras realizados em sala. Também será avaliado a participação e interesse das crianças nas atividades propostas.















5-CONSIDERAÇÕES FINAIS


Confirma-se que os jogos e brincadeiras quando aderidas e intencionalmente definidas, podem ser considerados como um estímulo para a construção dos conhecimentos lógico matemáticos. Além de promover um contexto estimulador e desafiante para o movimento de formação do pensamento do ser humano, de sua capacidade de cooperação e um auxiliar didático na construção de aprendizagens das diversas áreas do conhecimento.
Além disso, jogos e brincadeiras bem planejadas e com um objetivo a almejar pode estimular a concentração, possibilitando o desenvolvimento de habilidades pessoais como exploração, investigação de um contexto, análise, comparação, interpretação, previsão, síntese e tomada de decisão – elementos essenciais para a resolução de problemas.
Cabe também dizer que a intervenção do professor no ato dos jogos e brincadeiras é imprescindível, pois, dessa forma, o professor pode assistir e construir uma visão dos processos de desenvolvimento das crianças em conjunto e de cada uma em particular, registrando suas capacidades de uso das linguagens assim como suas capacidades sociais e dos recursos afetivos e emocionais que dispõem. Sabe-se, portanto, que o processo de formação das crianças é complexo, pois envolve atividades intelectuais e mentais por parte da criança. Por isso, para aprender um conceito é preciso ter além das informações recebidas do ambiente, capacidades de abstração, cooperação, memória, concentração e atenção. De acordo com Vygotsky (1998, p. 134), no brinquedo, a criança sempre se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além do seu comportamento diário; no brinquedo é como se ela fosse maior do que é na realidade [...]. Nessa perspectiva, mais uma vez torna-se notória a importância da intervenção direta do professor nessa questão. Cabe ressaltar que não é uma receita pronta e acabada, mas uma alternativa para aumentar a motivação para a aprendizagem, além de ser um recurso pedagógico eficaz para a construção do conhecimento matemático.







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